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34. As 5 faces do Perdão, Rossandro Klinjey

O terceiro da minha série de três... Neste livro, Rossandro Klinjey, nos convida a visitar um lugar onde cada um de nós insiste em desviar o olhar, um lugar que contém todas as dores mas também as curas.
Uma narrativa de 5 casos reais, pessoas que tiveram a coragem e a felicidade de andar pelo seu deserto interior e sentir a paz na alma, a liberdade do Ser. Escolha nada fácil, mas como Bert Hellinger disse: "A vida quebra você e quebra você em tantas partes quantas forem necessárias para a luz penetrar ali." E é exatamente neste momento, quando atingimos o caos interno, chegamos ao limite, ou até mesmo ao "fundo do poço", já quando não há mais nada, nem nada a temer, vem a coragem de olhar, finalmente, para este lugarzinho que está ali, cheio de monstros nos cutucando a todo instante. 
O autor, aborda este assunto de forma clara e simples. 
Fazendo uma analogia, há lugares que todos devem visitar um dia na vida, por exemplo Fernando de Noronha, e há livros que devem ser lidos pelo menos uma vez na vida, este é um deles, na minha opinião.

Um trecho:

(gosto muito deste)

"Havia num monastério, um monge muito querido que era líder espiritual com muitos seguidores. Um jovem se destacava e era com ele que o líder mais conversava. Alguns anos depois o líder espiritual veio a falecer, deixando um vácuo na liderança desses jovens monges. Iniciou-se então, um processo sucessório. Acreditavam que o jovem monge, que caminhava e conversava com o líder, era o escolhido para substituí-lo, contudo, o jovem, ao ser consultado se absteve e se disse não estar preparado. Os monges mais velhos também se disseram não estarem preparados. Então, para resolver a problemática, propuseram um teste e aquele que passasse no teste, seria o novo líder. Todos os monges foram colocados numa sala formando um círculo e no meio deste círculo foi colocado um vaso  de porcelana chinesa muito bonito e raro. Um dos monges mais velhos falou: -Temos aqui um problema, aquele que resolvê-lo, será nosso novo líder.
Todos os monges começaram a olhar para aquele vaso em busca do problema. Horas e horas se passaram e ficaram a se perguntar: como um vaso tão lindo pode ser um problema? Seria a pintura? Não... eram perfeitas. Seria a porcelana? Também não. Então, após várias horas, um dos monges, que estava observando o vaso, levantou-se e pegou um pedaço de pau, foi em direção ao vaso e fez o que ninguém esperava: espatifou o vaso em vários pedaços e disse: - Pronto, acabou-se o nosso problema.
Este jovem monge, seria então o líder espiritual sucessor."


NO FORNO: Dentro de Mim, José Carlos de Lucca

NO FORNINHO: 1889, de Laurentino Gomes

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